Opinião | Battle Royale: Não importa quem ganhe, o que importa é que todos perdemos



O único livro publicado do escritor Koushun Takami, Battle Royale só foi lançado em 1999, mesmo tendo sido escrito em 1996, o livro chegou a participar de um concurso de obras de terror, mas por causa do nível de violência e outros momentos muito pesado, foi desclassificado do concurso. Pra vocês verem como o livro é "sinistro".

Toda essa polemica rendeu um sucesso imediato após a publicação, tanto que já no ano seguinte a publicação, o livro foi adaptado para o cinema, que chegou a ter uma continuação no cinema, com o roteiro de Takami.

Sobre o enredo do livro, é algo muito simples, estamos em um mundo alternativo no qual se instala no Japão um governo totalitário, muito parecido com o regime de governo do livro 1984. Nele foi criado um jogo chamado Battle Royale, no qual uma turma do 9° ano do colegial é escolhida aleatoriamente para participar. Esse programa foi criado supostamente para pesquisas militares, mas claro que com os anos virou uma arma que o governo usa para controlar a população.

Os alunos do nono ano da escola secundaria Shiroiwa são selecionados para participar do Batlle Royale. São 42 alunos, todos recebem um kit com primeiros socorros, água, um mapa detalhado da região que será a arena do jogo (no livro é uma ilha) e uma "arma" que vai desde um garfo de cozinha à metralhadoras semi-automáticas. Também são colocados colares em seus pescoços, esse colar emite a localização deles, serve para a comunicação dos organizadores dos jogos para os estudantes, e principalmente, caso algum estudante tente fugir ou caso não ocorra uma morte em 24 horas de jogo todas as coleiras explodem matando os participantes. Caso não tenha um vencedor depois de 90 horas as coleiras são detonadas e o jogo é encerado sem ganhador. Para fazer os jogadores sempre se moverem, eles dividem a ilha em vários setores e a cada hora um desses setores se tornam proibidos, quem desobedecer e entrar nesses setores tem a coleira detonada imediatamente. Somente o ganhador sairá da ilha.

Assim que se inicia o jogo, Shuya Nanahara tenta proteger a estudante Noriko Nakagawa, tentando cumprir uma promessa feita a um amigo que foi assassinado pelos organizadores do jogo, eles recebem ajuda de um estudante novato no colégio chamado Shogo Kawada. Shogo, apresenta ser um sobrevivente experiente o que faz Shuya e Noriko desconfiar do colega muitas vezes. Mas algo que gostei no livro que quase todos os 42 estudantes são bem descritos, principalmente o que faziam antes de serem obrigados a participar do Battle Royale. E assim como num colégio comum, a sala é repleto de esteriótipos, a turma da conversa, os bobalhões, os nerds, esportistas, as patricinhas e gangue e garota má vista pela turma, tem de tudo e claro que isso vai fazendo uma identificação com determinados personagens.

As descrições de lutas e tiroteios são incríveis, tensos e surpreendentes, as escolhas que cada aluno faz, seja pra se juntar a um grupo, ou até mesmo as covardias que fazem para sobreviver, nessa parte existe dois grandes antagonistas o vilão principal que aceitou entrar no jogo por vontade própria Kazou Kiriyama e a personagem mais filha da puta que já encontrei num livro Mitsuko Souma, Kazou esta mais para um exterminador do futuro, pra ele só tem um objetivo que é mata todos, mas Mitsuko é uma víbora, ela engana todos para matar quando estão desprotegidos, e faz de tudo pra isso, conversa como uma amiga, faz sexo e mata o cara no meio do ato, atirar nas costas covardemente, ela é aquele tipo de personagem que rouba a atenção quando aparece e voce fica cada vez mais com raiva dela.


Irei para aqui sobre o enredo, pois esse livro é daquele que você deve ler sem tomar spoilers, e digo mais, mesmo quem já tenha assistido o filme que é bom, leia o livro, que vai até esquecer o filme enquanto estar lendo ele, e não dar pra esquecer, Batlle Royale é mil vezes melhor que Jogos Vorazes.







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